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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Carnaval – Tempo de ser.



A Gestalt-terapia é uma abordagem fenomenológica centrada no Humanismo e no Existencialismo.
Aproveitando a chegada do carnaval na semana que vem, venho falar um pouco do Existencialismo como uma força presente na maior festa do planeta.
A liberdade de cada indivíduo (e sua responsabilidade sobre ela), é uma das coisas que essa corrente filosófica destaca.
O carnaval é um momento de extravasar energias, são os dias em que as pessoas se permitem ser tudo aquilo que querem. A fantasia tem essa vantagem, de transformar alguém em vários personagens aos quais ela se identifica, ou que queria ser, ou que na verdade é.
Falando nisso, já parou pra pensar o que você vai ser nesse carnaval? O que te move nessa grande festa?
Bom, há inúmeros motivos que podem fazer a pessoa escolher certa fantasia, sejam internos ou externos a ela. Mas o que importa mesmo é curtir com muita responsabilidade seja lá o que você quer ser, o que vale mesmo é saber brincar direito, sendo livre pra incorporar qualquer papel, porém sabendo que o teu limite termina quando o do outro começa.
Muitas pessoas se sentem no direito de extrapolar deixando-se esconder por trás de uma máscara ou de um espírito de porco mais conhecido nesse momento de festa, como espírito esportivo de carnaval.
É no mínimo engraçado como muitas pessoas se aproveitam do carnaval pra se sentirem com uma liberdade, que diga-se de passagem é ilusória. No carnaval pode tudo? Pode trair, pode roubar, pode agredir o outro com brincadeiras estúpidas? O carnaval concede esses direitos a qualquer um? Vendo como muitas pessoas agem nessa época, respondo muitas vezes com sim.
Porque se fazer valer de uma máscara pra roubar sem ser visto? Porque se fazer valer de dias de folia pra desculpas de não assumir compromissos? Porque pode tudo? Continuo me fazendo essa pergunta. E acho que nunca terei respostas, porque desde que o mundo é mundo e inventaram o carnaval, é assim que as pessoas agem.
Agora eu penso, será o carnaval só um fragmento de como a pessoa age realmente em qualquer época do ano? Não creio que alguém possa ser tão diferente a ponto de mudar drasticamente nesse período. Mas é aí que se aproveitam pra colocar pra fora seu real jeito de ser, porque talvez achem que não exista julgamento no carnaval, justamente porque as pessoas ficam livres pra brincar e se fantasiar.
Ninguém vai te julgar porque você decidiu colocar uma fantasia de “coringa” e saiu por aí falando tudo que te vem à mente. Afinal... É carnaval...
Seja feliz, seja o que você quer ser... Brinque, pule, mas com responsabilidade.
Por falar nisso, responsabilidade inclusive com a cidade. Não façam xixi nas ruas, não joguem lixo no chão, respeitem as pessoas. Sejam cidadãos e solidários. Todo mundo sai ganhando.
Somos o que escolhemos ser... E você? Vai ser Pierrot ou Colombina?

Fecho com uma tradicional marchinha de carnaval composta por Braguinha – Alberto Ribeiro, em 1949, desejando um bom carnaval pra todos!!

“Chiquita bacana lá da Martinica
Se veste com uma casca de banana nanica
Não usa vestido, não usa calção
Inverno pra ela é pleno verão
Existencialista com toda razão
Só faz o que manda o seu coração.”

Um comentário:

  1. Penso igual, amor. O indivíduo coloca para fora no carnaval aquilo que está dentro dele durante todo o ano.

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